Governo do Tocantins desburocratiza serviços na defesa agropecuária

Se existe uma palavra para resumir os avanços, no primeiro semestre deste ano na gestão do Governo do Tocantins, no que tange a defesa agropecuária, se chama desburocratização. A Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), responsável pela execução das atividades, simplificou processos nas áreas animal e vegetal, e investiu em melhorias nas condições de trabalho e atendimento à sociedade. São mais de 100 mil agropecuaristas que estão sendo beneficiados direto ou indiretamente pelas ações.

O grande passo foi a conclusão da interligação de 100% das unidades da Agência, em fevereiro deste ano, resultando na liberação da emissão da Guia de Trânsito Animal-e-GTA pelo próprio produtor rural. Para simplificar as ações, foram criadas normativas que estão dando mais agilidades nos leilões quanto a entrada e saída de animais e na padronização das taxas para sindicatos rurais na realização de exposições agropecuárias.

Houve investimentos na estrutura com aquisição de computadores, impressoras e mil cadeiras, dando mais conforto aos profissionais e ao público, assim como, o andamento no projeto que pretende reformar 12 barreiras fixas.

Para o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, o seu propósito de gestão segue a linha do governo estadual, que é facilitar os trâmites, a fim de ampliar os benefícios para toda cadeia produtiva. “Focamos na redução de custos com uma nova reestruturação organizacional e aumento na eficiência do atendimento, sabemos que há muito que melhorar, mas estamos buscando sempre parcerias, o comprometimento dos nossos profissionais e mais investimentos nas áreas que atuamos, além de priorizarmos a educação sanitária como forma de orientação e treinamento”, ressalta.

Área animal

Se a prioridade é descomplicar para avançar mais, já no início do ano foi retirado da obrigatoriedade da vacinação contra a raiva dos herbívoros (bovídeos, equídeos, ovinos e caprinos) em sete municípios: Colinas do Tocantins, Bandeirantes, Palmeirante, Porto Nacional, Brejinho de Nazaré, Ponte Alta do Tocantins e Monte do Carmo, ficando apenas 13 nessa condição. As medidas foram tomadas mediante avaliação criteriosa de controle da doença e objetivam garantir a sanidade do rebanho e beneficiar os produtores rurais da região.

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Outro ponto fundamental para o Estado foi adotar uma nova vacina de 2 ml na primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, demonstrando a consolidação rumo a condição de livre sem vacinação, prevista para 2021. “Temos executado as diretrizes do Plano Estratégico para o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção Febre da Aftosa (PNEFA), elaborado pelo Ministério da Agricultura e estamos engajados no plano de ação”, observou o diretor de defesa, sanidade e inspeção animal, Márcio Rezende.

Com adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), considerado um grande passo, empresários que aderirem, seguindo as exigências, pode comercializar seus produtos em todo território nacional, pois o selo tem a mesma equivalência federal. Até o momento, quatro indústrias aderiram e mais oito estão em processo de adesão.

Área vegetal

As ações também não param na prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais com importância econômica, os focos das atividades prioritárias estão no Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja; Programa Estadual de Controle do Bicudo do Algodoeiro; Levantamentos de Detecção da Mosca da Carambola, Cancro Cítrico, entre outros. As fiscalizações, inspeções e vigilâncias das atividades agrícolas já ultrapassaram 42 mil, a meta anual é de 81.330. Além disso, foram realizadas 2.483 fiscalizações em todos os elos da cadeia de agrotóxicos, sementes e mudas.

A Agência, em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), entidades que representam os revendedores de insumos agropecuários, entre outros, tem colaborado com o Projeto de Recebimento Itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos, que está percorrendo 14 municípios tocantinenses até o mês de setembro, facilitando o acesso para o médio e pequeno agricultor.

 “Todo o cuidado com o patrimônio fitossanitário tem colaborado ainda com a alta qualidade das sementes de soja nas Várzeas Tropicais e safra de sequeiro da oleaginosa, essa alcançou mais de 1 milhão de hectares de área plantada na safra 2018/2019”, destaca o diretor de Defesa, Inspeção e Sanidade Vegetal, Alex Sandro Arruda Farias.

É certo que, no campo ou na cidade tem influência do trabalho da defesa agropecuária, seja na garantia da sanidade animal ou vegetal e dos status que elevam o Tocantins em altos patamares, até o alimento produzido que chega à mesa do consumidor com qualidade e inócuo á saúde.