Governo federal está monitorando novas ameaças em Brumadinho

O governo federal trabalha com as autoridades locais para minimizar os danos e monitorar a região afetada pelo rompimento da barragem do Córrego Feijão, em Brumadinho (MG). Neste sábado (26), o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os ministros Gustavo Canuto, do Desenvolvimento Regional; Ricardo Salles, do Meio Ambiente; e Bento Albuquerque, de Minas e Energia sobrevoaram a região.

Em entrevista concedida após reunião de trabalho, o ministro do Meio Ambiente destacou que as áreas que circundam o complexo de mineração estão sendo verificadas para identificar potenciais ameaças. “Nesse momento o material mais denso e seco está com deslocamento lento. Já há pontos de monitoramento ao longo do rio, vamos acompanhar os desdobramentos”, afirmou.

Ricardo Salles afirmou também que reconhece a necessidade de mudanças na legislação ambiental para evitar novas tragédias. “A revisão da legislação ambiental precisa tirar questões simples e aprofundar questões complexas para que as equipes possam se dedicar com mais afinco com recursos técnicos e humanos nas atividades com mais potencial de risco, como as barragens.”

Os órgãos municipais, estaduais e federais trabalham ininterruptamente para identificar as causas do acidente e evitar novas ocorrências, de acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. “Nossos técnicos da Agência [Nacional de Mineração] estão trabalhando no local para apurar os fatos, contribuir com as autoridades com aquilo que é mais importante no momento: mitigar o acidente, impedir que coisas semelhantes possam ocorrer. Agora, vamos iniciar averiguação para identificar o que levou a esse desastre.”

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O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou que, no âmbito federal, o governo vai “tomar atitudes” e revisar processos e procedimentos para evitar novas tragédias. Ele destacou ainda que o foco no curto prazo é o resgate, o salvamento e identificação das vítimas.

“Os reservatórios estão cheios e vão permitir que a população da região metropolitana de Belo Horizonte não fique sem água. A situação está contida na área do desastre. Vamos auxiliar de toda forma possível a Defesa Civil do estado, que está desenvolvendo um trabalho primoroso. Por enquanto, a barragem está sendo monitorada e estamos conseguindo trabalhar em conjunto. Disponibilizamos cães farejadores para identificar vítimas e trabalhamos para melhorar e permitir que a comunicação na zona vermelha seja mais rápida. O importante agora é apoiar essas famílias que perderam entes queridos. Estamos focados nisso”, assegurou.

Também participaram da reunião de trabalho a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e representantes dos órgãos e das equipes que estão atuando no local.

Fonte: Planalto