Cidadania e Justiça inicia projeto quinzenal de autocuidado para custodiadas da Unidade Penal Feminina de Miranorte

As ações são realizadas no novo Espaço Multiuso e incluem cuidados com cabelo, unhas, sobrancelhas e outros.

Com objetivo de garantir assistência integral e promover o autocuidado às mulheres privadas de liberdade, a Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) está realizando, quinzenalmente, ações de cuidado e bem-estar entre as custodiadas da Unidade Penal Feminina de Miranorte. As atividades são promovidas no Espaço Multiuso, dentro do estabelecimento penal, e incluem cuidados com cabelo, unhas, sobrancelhas e outros.

A primeira ação foi realizada no dia 24 de setembro, com a realização das atividades estéticas realizadas pelas próprias custodiadas, umas nas outras, com supervisão da equipe da Unidade. “Manter a dignidade das pessoas privadas de liberdade é um dever do Estado e observar as especificações do ambiente penal feminino é uma forma de garantir condições dignas à mulher encarcerada. Diante disso, a promoção de ações de cuidado com a higiene e autoestima das custodiadas tem grande importância para a execução da pena”, afirmou o superintendente de Administração dos Sistemas Penitenciário e Prisional, Orleanes Alves de Sousa.

A chefe da Unidade, Lilian Moreira, explica que a utilização de um dia específico para a realização destas ações é uma forma de garantir a segurança do ambiente carcerário.“Nossa Unidade não possui tomadas dentro das celas, a fim de garantir a segurança do próprio ambiente, mas isso não pode impedir que essas mulheres continuem tendo a oportunidade de se cuidar, pois isso também reflete na saúde psicológica destas. Além disso, nosso objetivo é cumprir a Lei de Execução Penal, no que tange a assistência integral da pessoa presa, e atender as necessidades específicas das mulheres em contexto de privação de liberdade”, ressaltou.

A custodiada E.P.S, de 32 anos, relatou que a ação foi muito positiva para todas as mulheres. “Eu gostei muito do meu dia de beleza, pois nós, mulheres, levantamos a nossa autoestima quando nos arrumamos. Então me senti muito bem com a ação”, contou.

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Autoestima                                                                         

Entre os objetivos das ações voltadas aos cuidados das mulheres privadas de liberdade está a promoção da autoestima das custodiadas e prevenção de possíveis problemas ligados à saúde mental.

 “As mulheres que estão encarceradas precisam sentir um pouco da sua feminilidade, às vezes apagadas dentro da unidade penal. Mesmo em ambiente carcerário, as mulheres têm as mesmas necessidades que nós, mulheres em condição de liberdade, ou seja, precisam cuidar da aparência, do seu corpo, como forma de se sentirem fortalecidas também emocionalmente”, avaliou a Agente Analista em Execução Penal – Pedagoga e representante da política de mulheres e grupos específicos em privação de liberdade na Gerência de Assistência Educacional e Saúde ao Preso e Egresso, Luciene Reis Silva.

 

 

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Vitória Soares/Governo do Tocantins