VENDA DE CARNES ESTRAGADAS: Moradores de Palmas reclamam e Procon orienta

Clientes dizem ter encontrado fungos, inseto e mau cheiro em produtos disponibilizados no açougue dos estabelecimentos. O fato foi mostrado pela jornalista Ana Gabriella Regis do jornal do Tocantins.

Comprar carne de açougues dos supermercados tem trazido prejuízos aos consumidores palmenses. Mau cheiro, fungos e até a presença de insetos nos produtos são algumas irregularidades constatadas por clientes desses estabelecimentos.

Fernando da Silveira Ângelo, de 32 anos, comprou uma quantidade de carne vermelha na última quinta-feira, 24, em um supermercado no sul da Capital, que de primeira vista tinha uma boa aparência, mas ficou surpreso com o que encontrou ao desembalar o produto para cozinhar. “A carne era de boa qualidade, mas quando colocamos a comida na panela notamos que tinha algo estranho e quando percebemos era um inseto”, relatou.

Ângelo retornou ao supermercado com o produto em mãos e pediu a devolução do dinheiro da compra, que foi realizada.

Outro consumidor, porém, não teve tanta sorte. Leandro José Bueno, de 31 anos, comprou uma linguiça de frango em outro supermercado no norte da Capital na noite da última sexta-feira, 25, e quando chegou em casa, percebeu que a carne tinha um aspecto estranho. “Estava cheia de fungos, escura e com um cheiro horrível. Quando vi o estado da carne o supermercado já tinha fechado”, contou.

Na manhã seguinte, ao retornar ao estabelecimento, foi informado por funcionários de que o dinheiro ser estornado ou do produto ser trocado por outro do mesmo tipo açougue. Porém, ao escolher outra linguiça no estabelecimento, o cliente percebeu que as carnes expostas estavam com a mesma aparência da carne estragada que havia comprado e passou por uma situação constrangedora na ocasião.

“Por cima eles colocavam as carnes com melhor aparência e misturado por baixo as estragadas. Quando o funcionário viu mandou retirar os produtos da prateleira na hora. Ele pegou o cupom que eu mostrei e queria esconder para não ter a prova de que tinha comprado lá, só que eu já tinha feito cópias dele”, afirmou.

-- Publicidade --

Bueno buscou auxílio de um advogado sobre o caso e irá ao Procon no decorrer desta semana. “Até guardei um pedaço da carne a pedido do advogado para a perícia. Ele me orientou a entrar com uma reclamação pelo Procon, fazer um laudo e entregar no supermercado”, concluiu.

Em março deste ano, Eduarda Silva Rodrigues, de 28 anos, também foi prejudicada pela má qualidade de produtos oferecidos em um supermercado na região norte da Capital. A assistente financeira tinha organizado uma feijoada e, na ocasião, buscou o estabelecimento para comprar carne de porco. “Quando cheguei em casa e abri a carne estava podre, fedendo. Nem deu para voltar no supermercado e trocar porque já estava em cima da hora, então tive que deixar para lá”, comentou.

Segundo Eduarda, é a terceira vez que um episódio como esse acontece com ela no último ano nesse mesmo supermercado. “Uma vez foi uma massa fresca que fica no freezer do supermercado que estava mofada, outra foi quando comprei um pão de mel que eles vendem no caixa e estava estragado”, disse.

A reportagem que foi feita pelo Jornal do Tocantins, de acordo com a matéria, entrou em contato por telefone com os dois estabelecimentos, em um deles as ligações não foram atendidas. Já o gerente do outro estabelecimento disse que o ocorreu foi “um fato isolado e que a rede preza pela qualidade de seus produtos, tanto que orienta aos clientes comprarem os frios sempre ao final da compra para assegurar a conservação do produto”. O gerente informou ainda que o cliente preferiu o dinheiro de volta e que no mesmo momento foi ressarcido.

Direitos do consumidor

O Procon Tocantins orienta ao consumidor que encontrar produtos estragados ou impróprios para consumo em qualquer estabelecimento, ou de alguma outra forma se sentir lesado em seus direitos, pode formalizar a denúncia por meio do Disque 151 ou no Whats Denúncia (63) 99216-6840 e também na Vigilância Sanitária por meio do telefone 08000301515. Outra orientação do órgão de defesa do consumidor é que o cidadão deve procurar o estabelecimento para efetuar a troca do produto.

*(A matéria a cima é reprodução de veiculação do Jornal do Tocantins)