População protesta contra cobrança de balsa que começará a funcionar somente em março

As pessoas que faziam a travessia pela ponte de Porto Nacional, que liga o município de Porto Nacional, às cidades de Fátima, Brejinho de Nazaré e à BR-153, terão que buscar alternativas pelo menos durante todo este mês de fevereiro. Isso porque, após a interdição total da ponte devido a problemas estruturais que comprometem a segurança da população, o Governo do Estado informou que a balsa, medida substitutiva para travessia, deve começar a funcionar somente em março. A equipe do Jornal do Tocantins está in loco conversando com a população sobre os impactos desta mudança.

O Estado disse também que a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) está trabalhando na mobilização de equipes técnicas para construção das rampas de embarque. Enquanto isso, o tráfego pela ponte está liberado somente para pedestres, ciclistas e motociclistas. Sobre os valores que devem ser cobrados para a travessia por meio da balsa, o Governo explicou que “ainda estão sendo analisados e serão divulgados quando a Balsa estiver pronta para funcionar”, ou seja, somente no próximo mês.

Na manhã desta sexta-feira, 8, primeiro dia de interdição, em torno de 150 manifestantes estão reunidos no local para cobrarem um posicionamento mais claro do Governo em relação à medida. Eles também estão protestando sobre a cobrança na balsa. O produtor Antônio Pereira da Silva, 64 anos, está com mais de 30 litros de leite e sem condições de atravessar. “Daqui vem o sustento para os meus filhos. Essa é a minha única fonte de renda. O governo não pensou em nenhum momento em quem precisa dessa ponte pra sobreviver. Não temos outra alternativa”.

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A ponte foi interditada por uma retroescavadeira e a viatura do Batalhão Rodoviário e somente pedestres podem passar.

Alternativas

Quem precisar atravessar a ponte para chegar a Palmas ou ter acesso ao trecho da TO-255, que liga Porto Nacional a BR-153, a alternativa é utilizar a rota que engloba as TOs -454/455/080, que liga os distritos Escola Brasil e Luzimangues, e realizar a travessia pela Ponte Fernando Henrique Cardoso. Sem muitas alternativas, parte da população que precisa da ponte está fazendo a travessia a pé, com um percurso de aproximadamente 900 metros. Desde às 18 horas da última quinta-feira, 7, a ponte está interditada e a ação gerou um princípio de tumulto no local.