Caros leitores, eleição suplementar no Tocantins pode ser, com sua autorização território onde nascem os tiranos

Caros leitores,

Com muita transparência e respeito me dirijo a cada um de vocês que esperavam ver aqui a publicação de pesquisa que realizamos.

Infelizmente isto não será possível. Incorri em um erro humano que era passível de correção, após três tentativas feitas, corrigindo os dados lançados no sistema do Tribunal Superior Eleitoral, a coligação do candidato a governador na eleição suplementar, Carlos Amastha (PSB) solicitou impugnação da consulta, o que foi aceito pelo Tribunal Regional Eleitoral. Acatamos a decisão imediatamente.

A priori na primeira consulta percorremos 12 municípios do sudeste onde atuamos por base. Esta primeira pesquisa percorreu as cidades de LAVANDEIRA, NATIVIDADE, ALMAS, PINDORAMA, PONTE ALTA DO TO, COMBINADO, PORTO ALEGRE DO TO, DIANÓPOLIS, RIO DA CONCEIÇÃO, TAIPAS, TAGUATINGA e ARRAIAS. Um trabalho que foi perdido. Mas continuamos firmes no propósito de nossa missão em levar informação de maneira clara, aos nossos mais de 35 mil leitores que nos acompanham diariamente aqui no portal Tocantins Agora.

Nossa segunda consulta percorreu os mesmos municípios do sudeste, incluindo desta vez as seis maiores cidades do estado previamente escolhidas em sorteio, as quais são; Gurupi, Porto Nacional, Palmas, Guaraí, Araguaína e Tocantinópolis. Que também foi impugnada.

Ao registrar as duas pesquisas, no campo onde deveria aparecer o nome do estatístico, erroneamente foi colocado o meu nome, que deveria constar apenas como responsável pela empresa Tocantins Agora Comunicação e Pesquisa. Corrigimos os dados informados, mas, ainda assim a tropa jurídica de Carlos Amastha teve uma reação, ao meu ver, juridicamente violenta, ao usar termos que não correspondem com a correção de nossos esforços. Tudo passível de correção, pessoalmente, se a coligação a qualquer momento me solicitasse, de bom grado apresentaria os questionários aplicados, a metodologia desenvolvida por profissional estatístico e inclusive os resultados que a consulta alçou. Em nenhum momento fomos procurados. Amastha possui recursos para ter um grande time de advogados, nós não. Nós possuímos grande capacidade de diálogo, Amastha não. Nosso trabalho foi perdido. Tudo está no lixo. Pouco importou saber os esforços e nossos poucos recursos alocados para esse trabalho que objetivou simplesmente informar e abranger nossa cobertura. Mas isto foi apenas adiado. Vamos continuar lutando para levar a uma região tão abandonada, informação clara, transparente e correta.

Caros leitores, ouso lhes pedir atenção redobrada nesta eleição suplementar. Se você e sua família autorizar, este será o espaço propício para a gestação de tiranos disfarçados de bons moços. Esta semana estive analisando algumas pautas das assessorias dos candidatos. Amastha sabiamente preparado por sua equipe de marketing disse há poucos dias que apoia a greve dos caminhoneiros que paralisa o país há três dias (nada contra ao protesto), mas um candidato a governador, fazer uso desse discurso não pegou bem, não para quem, quando prefeito, aumentou impostos, dificultou em várias frentes a vida de pequenos empreendedores e empresários informais, fechou barracas de chambrai em vários pontos da capital e agora tira fotos como aqueles políticos velhacos que se aproveitam beijando crianças e idosos. Sinceramente isto não é uma nova política, o ex-prefeito de Palmas não é um novo político. Apenas um homem com muitos recursos que aprendeu se valer do marketing para vender um produto que não existe. A propósito, seu primeiro vice-prefeito, que nem assumiu o cargo falou abertamente diversas vezes que o produto vendido aos eleitores em suas campanhas não passava de um “estelionato eleitoral”. Estas são as palavras do ex-deputado estadual Sargento Aragão.

Em síntese, não nego, estamos magoados com toda essa reação desproporcional da equipe de Amastha. Vivemos sempre em um país de democracia febril, mas é esta mesma democracia que entrega em suas mãos o poder de expurgar da vida pública, aqueles que entram neste ramo com a sina de lhe enganar.

-- Publicidade --

Fuja do engodo, trabalhe com a possibilidade de que sua opinião possa estar equivocada. Permita-se o benefício da dúvida. Ela nos deixa mais sábios. No silêncio erramos menos. De nada adianta explicar ao que não está disposto a entender. Guarde suas energias para os que honestamente buscam a verdade. Mais uma vez, Amastha me tornou um pouco mais sábio.

Não perca as esperanças. Não deixe de votar no próximo dia 3 de junho.

Finalizo com uma frase que vi na obra de Álex Pina, escritor e cineasta espanhol, que em sua obra mais famosa cunhou uma grande verdade:

“A esperança é como as peças de um dominó, quando uma cai, todas acabam caindo”.

O trabalho continua. Não desistiremos da nossa missão social que é levar informação, jornalismo comunitário com produção de conteúdo que realmente interessa à população abandonada do sudeste e consequentemente, agora, em todo o estado.

 

Sinceramente,

Haja o que houver,

Stephson Kim

Editor chefe