Enem foi ‘sucesso’ e ‘sem doutrinação’, diz Weintraub

O ministro da Abraham Weintraub (Educação) afirmou que o 1º dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), neste domingo (3.nov.2019), foi um sucesso e que a sociedade está “menos dividida” porque, segundo ele, não houve “doutrinação“.

Dos 5,1 milhões de participantes inscritos, 3,9 milhões foram fazer o exame. A taxa de ausência é de 23%. O ministro chegou a dizer que é o menor percentual da história, mas ainda falta os números do 2º dia de prova, que ocorrerá no próximo domingo, 10. Historicamente, há mais faltas no 2ª dia de avaliação.

Houve 376 pessoas eliminadas por portar equipamentos eletrônicos, ausentar-se antes do horário permitido, utilizar impressos, não atender orientação dos fiscais e outros. Weintraub disse que ocorreram poucos problemas. Foram 93 casos de emergência médica, interrupção temporária de energia elétrica e abastecimento de água.

Os portões fecharam às 13h e a prova durou de 13h30 às 19h. Os participantes fizeram neste domingo as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação, que teve como tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”.

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Questionado sobre a falta de perguntas sobre a ditadura militar brasileiro, que ocorreu de 1964 a 1985, Weintraub afirmou que o Enem foi feito para selecionar os principais candidatos, e não dividir e doutrinar a sociedade.

“Primeiro que a gente já pode começar falando em regime militar, porque ditadura militar a gente vai caminhar para uma discussão que a gente não vai caminhar para nenhum lugar”, disse o ministro. “Ninguém está criticando as questões. A sociedade e o Brasil está muito mais calma e unida do que estava depois do último Enem. Essa que é a verdade”, acrescentou.

O ministro também disse que não teve acesso à prova antes da realização do exame e que as orientações para o time que compôs as questões capaz de selecionar as pessoas mais qualificadas para conseguir entrar na faculdade.

O presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Alexandre Lopes, disse que é possível cobrir toda a base curricular do ensino médio sem gerar polêmicas.

*(Reprodução Poder 360)