A difícil tarefa de ser Edivaldo Rodrigues

O trabalho quando bem desenvolvido quase nunca é notado.

Não recordo o autor da frase, mas quem quer seja, carrega uma verdade nas palavras que cravou. Jornalista, historiador e escritor – Dos mais célebres do Tocantins – e mais recentemente diretor de comunicação da Assembleia Legislativa, Edivaldo encara um desafio complexo; fazer a diferença em um cargo responsável por explicar o que é a Casa onde habitam os deputados estaduais e, ao mesmo tempo dar significado e reconhecimento a uma classe competidora, onde sempre atuou e por isso conhece como vivem e do que se alimentam.

Apenas os viventes dos bastidores sabem a importância do que esse cara desempenha no papel que aceitou lá pelas bandas de fevereiro de 2019. De Porto Nacional, Rodrigues é uma enciclopédia tocantinense. Sua mente é/ deveria ser ou se tornará, patrimônio imaterial tocantinense. Os artigos e as dezenas de livros que publicou, revelam seu preparo e merecimento para estar no cargo que ocupa, brevemente, acredita este escriba, ocupará missões maiores.

Não conheço este grande escritor pessoalmente, embora o leia desde os 12 anos nas edições que pude ter acesso (muitas guardadas) do marcante O Paralelo 13, histórico jornal tocantinense de raiz portuense. Isto me instiga a escrever com sinceridade.

Ser diretor de comunicação da AL/TO significa segurar a barra diante da burocracia necessária que, quase sempre deixa os donos de veículos a ponto de enfartar. Edivaldo tem conseguido reconhecer todos estes veículos, não há prediletos, não duvido que isso possa estar tirando seu sono, dado que é uma pessoa de poder com fácil acesso, de resposta rápida.

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Edivaldo Rodrigues tem coordenado campanhas publicitárias que falam a língua do povo tocantinense, fazendo compreender o que é de fato a Assembleia Legislativa, esse nome cerimonial que quase parece uma igreja. Basta ver o que está veiculado na TV, nos jornais e sites de notícias. Como não se emocionar, por exemplo, com a história de Dona Joaquina Tavares de Almeida (pesquisem), que nos faz entender de forma prática o que é que os deputados fazem e a importância do que fazem. Isso é muito mais que mera publicidade, a exemplo dessa peça, é compreender o tocantinense, respeitá-lo e, na área da comunicação fazer chegar o necessário e importante sem embromação. Edivaldo faz a gestão do presidente Antonio Andrade falar a língua pura e simples dos tocantinenses. Faz isso com maestria, honrando sua forma de ser e escrever, o cara é simples e não se deixa seduzir pelo cargo que é um dos mais significativos na esfera estadual dos três poderes.

Edivaldo desempenha um papel difícil, cobiçado, administra egos – que não são poucos nessa área – sabe que o momento passará, que um dia deixará o cargo, quando acontecer, será aplaudido e lembrado pelo que fez. Deixará ali, em mais um lugar da história deste estado, seu nome, escrito com honra e para sempre. Fazendo uma analogia ao título de uma de suas obras, que gosto muito, esta talvez seja a sua mais desafiadora e Longa Travessia, agora sem nos possibilitar uma viagem no tempo, mas a nos colocar num presente que nos convida a fazer parte das transformações que ansiamos.

Eu que não o conheço pessoalmente digo: O trabalho quando bem desenvolvido quase nunca é notado, mas esse moço merece ser lembrado e aplaudido.

Haja o que houver,

Kim Nunes – Editor