O que a Globo não contou sobre o brutal crime cometido pela travesti Suzy?

No domingo passado, dia 1 de março, o programa Fantástico da Rede Globo apresentou uma reportagem sobre as condições de presos transexuais no Brasil. A reportagem apresentada pelo médico Drauzio Varella, apresentou o caso de algumas pessoas transexuais, sua rotina, história e dentre elas, foi apresentado “Suzy”, de 30 anos.

Na reportagem, Suzy de Oliveira afirmou que havia oito anos que não recebia visitas, que trabalhava na prisão e estava separada do marido. Após a sua história ter sido contada, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que até a última sexta-feira (06) a Penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos, onde a presa Suzy está recolhida, recebeu 16 livros, duas bíblias, maquiagens, chocolate, envelopes, canetas e centenas de cartas, algumas delas de grupos religiosos. Todo material estava endereçado para Susy. Além disso, a vaquinha criada pela advogada Camila Ribeiro, com o objetivo de ajudar a transexual, ganhou força e conseguiu recolher pouco mais de R$ 6 mil.

No entanto, o que a Globo não contou foi o crime cometido pela transexual. Mas qual foi o crime? Resposta, estupro de vulnerável e homicídio triplamente qualificado, “é aquele cometido em circunstâncias que tornam o crime mais grave do que já é”.

Suzy de Oliveira nasceu homem e foi batizado como Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos e está preso desde 2010. Segundo o seu processo, Suzy “em uma segunda-feira do mês de maio de 2010, na Rua Santa Catarina, nº 34, no bairro União de Vila Nova, na Comarca da Capital, o revisionando praticou atos libidinosos consistentes em sexo oral e sexo anal com o menor Fábio dos Santos Lemos, que à época contava com apenas 09 anos de idade. Consta, também, que logo após o ocorrido, com a finalidade de assegurar a impunidade pelo crime anterior, o peticionário matou o ofendido mediante meio cruel, consistente em asfixia, e se valendo de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, haja vista tratar-se de criança, com mínima capacidade de resistência”.

Além disso, durante o processo, Suzy afirmou que era vizinho do menor, tinha conhecimento que ele passava o dia desacompanhado e aproveitou o momento da ausência da mãe para efetuar o crime. Segundo ela, de forma premeditada se aproveitou de um argumento para entrar na casa do menor, e praticou o “infante atos libidinosos consistentes em sexo oral e sexo anal, matando-o em seguida”.

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A tia de Suzy, Carlita Teixeira dos Santos, afirmou que a sobrinha já possuía um longo histórico de problemas e abusou que cometera no passado. “Ele roubava, mentia, não ia para a escola, até doze anos coisas de criança, mas depois dos doze começou a roubar com arma, usava maconha. (…) Fiquei sabendo que ele trabalhava na padaria e foi acusado de estar abusando de uma criança de três anos e os parentes da criança foram na minha casa atrás dele, querendo matar ele. Fiquei sabendo que ele foi passar férias na casa do irmão e tentou estuprar meu sobrinho de cinco anos, quatro a cinco anos. (…) Na escola era acusado de pular o muro da escola, ir no banheiro passar a mão em alguém, roubava os professores, de estupro (…)”, afirmou Carlita.

Na decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a Corte avaliou a intensidade do crime, a premeditação, o histórico de má conduta social de Suzy, sua periculosidade exagerada e personalidade deturpada. Portanto, “corretamente fixou as penas básicas em patamar bastante superior ao
mínimo legal (13 anos de reclusão para o crime de estupro de vulnerável e 25 anos de reclusão para o delito de homicídio)”
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Clique aqui para ter acesso ao processo de Suzy.

Depois de sua história ganhar repercussão, Suzy decidiu não conceder mais entrevistas. A rede Globo, até o momento, não se pronunciou sobre a reportagem ou omissão cometida no caso de Suzy.

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*Com informações do Blog MBL News