Vereador de Porto Alegre do Tocantins dispara arma de fogo contra outro parlamentar

Por pouco o início da noite deste domingo não começou com uma notícia trágica. Enquanto Nayron Ribeiro, que é vereador na cidade, recolhia capim para dar aos seus animais na margem da estrada vicinal que dá acesso a um balneário, um carro que passava pelo local acabou caindo em uma vala, ao ver a situação o vereador tentou prestar ajuda imediatamente, contudo a pessoa que conduzia o veículo, identificada pelo nome “Moizim” reagiu com truculência dizendo “Você quer levar um tiro ou morrer”. Moizim ainda teria dito que caiu na vala pelo fato do carro do vereador estar estacionado à margem da estrada.

De acordo com o boletim de ocorrência que o portal Tocantins Agora teve acesso com exclusividade, Moizim teria ligado para que uma pessoa retirasse o seu carro do local, mas sem sucesso, foi então que o motorista ligou para outra pessoa, dessa vez para Marcus Vinicius (o Marquim) que também é vereador no município e chegou ao local portanto arma de fogo a qual Nayron não soube identificar.

Boletim de Ocorrência registrado após o fato e que o portal teve acesso com exclusividade

Ainda de acordo com o boletim, Marquim já chegou ao local indagando quem estaria ameaçando Moizim, fato que foi rechaçado por todos os presentes que tentavam explicar a situação, foi quando um vereador atirou contra outro colega do parlamento.  Marquim, autor do disparo, por pouco não acertou o vereador Nayron que não teve nenhum ferimento. Após o susto Marcus Vinicius e Moizim evadiram do local no carro do vereador autor do disparo.

O portal Tocantins Agora tentou contato com o vereador Marcus Vinicius (PSB), a reportagem perguntou ao vereador o que tinha acontecido na cidade no início da noite deste sábado, 03, ao que Marcus desconversou via whatsapp dizendo que não havia acontecido nada ou não estava sabendo. Novamente o portal questionou o vereador perguntado se ele teria posse ou porte de arma de fogo,  já quase no fechamento desta pauta, Marcus respondeu: “Meu amigo, nem arma eu tenho”.

 

Entenda a diferença entre posse e porte de armas

-- Publicidade --

O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que facilita registro, posse e venda de armas de fogo e de munição. Entre as mudanças, foi ampliado o prazo de validade do registro de armas de cinco para dez anos, tanto para civis como para militares. Também não será mais preciso comprovar a “necessidade efetiva” para a obtenção da posse: o interessado precisará apenas argumentar que mora em cidade violenta, em área rural ou que é agente de segurança, para satisfazer o requisito.

O que é posse de arma?

Após obtenção de certificado de registro, a pessoa pode manter em casa ou em seu local de trabalho, desde que seja o responsável legal pelo estabelecimento. Não é permitido sair com a arma. O interessado deve ter mais de 25 anos, comprovar que tem ocupação lícita e residência certa. Também precisa de comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo.

E qual a diferença para o porte?

De acordo com a Lei nº 10.826, o porte de armas é permitido aos agentes de segurança pública, integrantes das Forças Armadas, policiais, agentes de inteligência e agentes de segurança privada. Civis não podem ter porte de arma, exceto se, comprovadamente, tiver a vida ameaçada.

Qual a pena para posse irregular de arma de fogo de uso permitido?

A pena é de um a três anos de detenção e multa.