Conselho do PSDB expulsa do partido prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro

Parecer do conselho de ética aprovado por unanimidade passará pela chancela da regional, comandada pelo ex-senador Ataídes Oliveira. A informação foi dada em primeira mão pela coluna de Lailton Costa do Jornal do Tocantins.

O Partido da Social Democracia (PSDB), presidido no Tocantins pelo ex-senador Ataídes Oliveira, decidiu expulsar a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, da legenda. A decisão saiu em reunião da comissão de ética tucana na segunda-feira, 10, na qual os cinco conselheiros votaram pela aprovação do parecer pela expulsão.

O processo se baseou no apoio declarado pela prefeita, na reta final das eleições do ano passado, às candidaturas ao Senado do ex-senador Vicentinho Alves (PR), que não se elegeu e de Eduardo Gomes (MDB) eleito. O tucano e presidente regional do partido, Ataídes Oliveira também disputava a reeleição.

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Segundo o estatuto tucano, a expulsão é a medida disciplina mais severa do partido e só é aplicada em “casos de extrema gravidade” em que ocorre “infração legal e à disposição” do estatuto e a inobservância grave dos “princípios programáticos, da ética, da fidelidade, da disciplina e dos deveres partidários”.

Os cinco conselheiros foram unânimes em apontar que essa atitude da prefeita violou os incisos I e V do artigo 15 do estatuto do partido. O primeiro prega que o filiado ao partido tem o dever de participar assiduamente das reuniões dos órgãos partidários, das atividades realizadas e das campanhas políticas e eleitorais dos candidatos do partido. O outro, o dever de votar, apoiar e empenhar-se nas campanhas dos candidatos do partido a cargos eletivos.

Os conselheiros também consideraram o artigo 132 que trata da infração às diretrizes programáticas, ética, fidelidade, disciplina e deveres do filiado ao programa e ao estatuto tucanos. Além disso, o conselho de ética entendeu que a prefeita desenvolveu atividade política contrária aos interesses do partido.

A executiva regional do partido tem o prazo de até 15 dias para analisar o parecer. Caso a prefeita recorra, o estatuto prevê decisão da executiva nacional, presidida por Geraldo Alckmin. Candidato à presidência, Alckmin esteve no Tocantins durante a campanha. Nessa ocasião, não foi sequer recebido pela prefeita que também não compareceu ao ato político do candidato em Gurupi, sul do Estado. Essa atitude da prefeita, porém, não consta no processo ético julgado na segunda.