MPF compartilha inquérito de Temer, e dados poderão ser usados em caso de Alckmin

O Ministério Público Federal (MPF) compartilhou com o Ministério Público de São Paulo parte dos dados do inquérito que investiga o ex-presidente Michel Temer e, com isso, o MP-SP poderá usar as informações em uma investigação relacionada ao ex-governador Geraldo Alckmin.

-- Publicidade --

Ao compartilhar as informações, o MPF cumpriu a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

O inquérito sobre Temer apura o suposto repasse ilegal de dinheiro da Odebrecht, e a investigação sobre Alckmin, suposto ato de improbidade administrativa por parte do ex-governador.

Em documento assinado pelo vice-procurador-geral, Luciano Mariz Maia, o MPF manifesta ciência da decisão de Fachin e apresenta ofício segundo o qual houve compartilhamento de mensagens via Skype fornecidas por Edgard Augusto Venâncio, gerente de operações da Transnacional Transporte de Valores, que identificariam supostos pagamentos ilícitos feitos a Marcos Antônio Monteiro, considerada pessoa de confiança de Alckmin.

Compartilhamento

Inicialmente, o Ministério Público de São Paulo pediu o compartilhamento de todo o inquérito que tramita no STF. Após o pedido, o MPF se posicionou contra o compartilhamento total e pediu que Fachin autorizasse apenas o compartilhamento dos dados que tivessem relação com Geraldo Alckmin.

Fachin acatou os argumentos da Procuradoria-Geral da República e autorizou o compartilhamento das mídias fornecidas por Edgard Augusto Venâncio. Alckmin e Temer negaram, em mais de uma ocasião, cometimento de irregularidades nesses casos.