Presidentes de BNDES, BB e Caixa tomam posse em cerimônia com Bolsonaro e Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, empossou nesta segunda-feira (7), durante cerimônia no Palácio do Planalto, os novos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O evento teve a participação do presidente Jair Bolsonaro.

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  • BNDES: Joaquim Levy
  • Caixa Econômica Federal: Pedro Guimarães
  • Banco do Brasil: Rubem Novaes

Os presidentes dos três bancos públicos assumem os cargos com a missão de auxiliar a reforçar os cofres do governo. O orçamento de 2019 estabelece que o déficit nas contas públicas poderá chegar a R$ 139 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

BNDES

O novo presidente do BNDES, Joaquim Levy, afirmou acreditar que o Brasil está na “antessala” de um novo ciclo de investimentos, com uma economia “mais aberta e com mais espaço para o setor privado”.

Ele disse que é preciso “continuar combatendo o patrimonialismo e as distorções que foram verificadas e que são uma trava ao crescimento do país”, como forma de promover a justiça e a equidade.

“Isso tem de mudar, tem de continuar mudando. Temos de combater o voluntarismo. A ferramenta é a transparência, a ética e a responsabilidade”, afirmou.

Levy disse ainda que é preciso continuar ajustando o balanço do BNDES e repensar sua maneira de atuação, de modo que a instituição dependa menos de recursos públicos do Tesouro Nacional.

Caixa

Em discurso durante a solenidade no Planalto, o novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que guiará sua gestão em três lemas, colocados pelo presidente Jair Bolsonaro: “Não podemos errar – mais Brasil e menos Brasília e um legado”, disse.

Guimarães anunciou que nos próximos meses irá a todos os estados do país para ouvir demandas das comunidades. O giro pelo Brasil começará por Roraima e em seguida irá ao Amazonas. O restante do roteiro não foi divulgado. “Quero ouvir das pessoas o que elas pensam da Caixa”, disse Guimarães.

Banco do Brasil

Em seu discurso, o novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que uma das responsabilidades a frente do Banco é fazer com que os brasileiros voltem a se sentir honrados de ser brasileiro.

“Parecia que o povo brasileiro estava desesperançado. Nossos mais promissores jovens falando em deixar o país, empresários também. Hoje, temos uma responsabilidade enorme em reverter esse quadro e fazer com que os brasileiros voltem a se sentir honrados em serem brasileiros”, declarou

Rubem Novaes disse que o país vive um momento importante, depois de ter passado por “grandes desgraças” como mensalão, petrolão e uma “recessão terrível”.

Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o mercado de crédito no país foi ‘estatizado’ e sofreu ‘intervenções danosas’ de governos anteriores.

“O dirigismo econômico corrompeu a política brasileira e travou o crescimento da economia”, afirmou o ministro. “O mercado brasileiro de crédito também está estatizado e sofreu intervenções extremamente danosas para o país”, completou.

Bolsonaro

Segundo Bolsonaro, não haverá na gestão dele perseguição a gestores de governos passados, porém, atos e contratos de bancos públicos que estavam em sigilo classificados como confidenciais vão se tornar públicos.

“Aqueles que foram a essas instituições [bancos públicos] por serem amigos do rei buscar privilégios, ninguém vai perseguí-los, mas esses atos, essas ações, esses contratos tornar-se-ão públicos”, complementou Bolsonaro.

Perfis

Joaquim Levy (BNDES): Engenheiro Naval com doutorado em Economia pela Universidade de Chicago, foi ministro da Fazenda na gestão Dilma Rousseff, e secretário do Tesouro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Estava na diretoria do Banco Mundial antes de assumir o BNDES.

Pedro Guimarães (Caixa): PhD em Economia pela Universidade de Rochester, com tese sobre o processo de privatização no Brasil. Sócio-diretor do banco Brasil Plural, grupo financeiro fundado em 2009 que atua no mercado de capitais.

Rubem Novaes (Banco do Brasil): PhD em Economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), foi diretor do BNDES, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).