Sem Lula concorrendo e com Fernando Haddad como candidato do PT, Ciro Gomes (PDT) iria para o segundo turno contra Jair Bolsonaro nas eleições 2018, mostra a nova pesquisa eleitoral do BTG Pactual, divulgada ontem, 3. Bolsonaro teria 26% dos votos, enquanto Ciro teria 12%. Logo depois, viria Marina Silva (Rede), com 11%.
A pesquisa não trouxe simulações de intenção de voto para as prováveis disputas do segundo turno.
A pesquisa do BTG Pactual, registrada no Tribunal Superior Eleitoral como TSE: BR-01057/2018 foi feita com dois mil entrevistados, por telefone, entre 1 e 2 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Cenários da pesquisa eleitoral – Ciro Gomes em 3º ou 2º
Com Lula
- Lula – 37%
- Jair Bolsonaro – 26%
- Ciro Gomes – 7%
- Geraldo Alckmin – 6%
- Marina Silva – 5%
- João Amoêdo – 4%
Com Haddad
- Jair Bolsonaro – 26%
- Ciro Gomes – 12%
- Marina Silva – 11%
- Geraldo Alckmin – 8%
- Fernando Haddad – 6%
- João Amoêdo – 4%
Lula e Haddad
Lula teve sua candidatura rejeitada pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa na madrugada do último sábado. O PT tem prazo de dez dias para indicar um substituto, que provavelmente será Fernando Haddad. O partido consegue apenas 6% de intenção de voto com Haddad, enquanto com Lula ficaria em primeiro lugar, com 37%. Isso mostra a dificuldade em transferir os votos de um candidato para outro.
Segundo a pesquisa, Haddad, Marina e Ciro dividem os votos “herdados” de Lula, com 15% cada um. Ou seja, muitos eleitores do PT migram para Rede ou PDT em vez de ficarem no PT. Até mesmo Bolsonaro e Alckmin herdam votos dos eleitores órfãos de Lula, com 8% desses votos cada um.
Além disso, dobra o número de eleitores que dizem que não vão votar em ninguém (o que é diferente das respostas de intenção de voto nulo ou branco). Com Lula, apenas 9% dos eleitores dizem votar em “ninguém”. Sem Lula e com Haddad, esse índice sobe para 18%.
A pesquisa também mostra que, perguntados se votariam em Haddad caso este fosse o candidato e Lula o apoiasse, apenas 19% responderam “com certeza”, enquanto 14% responderam “poderia votar” e 61% responderam “não votaria de jeito nenhum”.