Após “nadar na onda do PreviPalmas” Júnior Geo pega carona na PEC da Previdência do Estado

"A verdade é que apenas Deus pode conhecer Deus".

Fala-se muito em esquerda e direita, mas nos esquecemos da ‘caretice’.

Para além das posições políticas, se instala agora num Tocantins “novo” uma espécie de paralisia mental, um medo do novo em meio a uma infinita tempestade de informações que a revolução digital despeja sobre nós.

Essa convivência ambígua angustia as pessoas e a tendência no ar são de um conformismo defensivo, uma recusa a uma escolha ideológica: é a caretice, o amor ao fixo, ao já conhecido.

Com todo o meu respeito ao deputado estadual professor Júnior Geo (- ainda no – Podemos), confesso que fiquei meio tonto para compreender o seu posicionamento em entrevista na rádio Conexão FM (98,1) no programa “Conversa Franca” com a Maju Cotrim e Luís Pires, no final da manhã desta segunda-feira, dia 04.

Como disse lá em cima, uma infinita tempestade de informações somadas às contradições, não é qualquer mente que compreende a boa oratória e potente retórica que o deputado aprendeu e adotou. Após surfar na onda do PreviPalmas, uma pirotecnia que resultou em traços de resultados pragmáticos, Geo volta ao passado, agora pegando carona na Previdência do Estado.

Mantendo o mesmo respeito ao parlamentar, que também é bom no papo da mesa de boteco, há, ao menos na entrevista citada, uma caretice de ser governo, sem ser.

Ora?

Geo, nos grupos de WhatsApp e rodas de conversas, está herdando um apelido que foi dado a outro político nas eleições de 2020, “professor de Deus” é a pecha. Já que apenas ele, entre todos, é impoluto, não erra, é limpinho, “bonzinho” e sabe mais sobre o que é bem, bom e correto. Que medo!

“A revolta da caretice” começou. Seu prenúncio é exatamente surfar em qualquer onda que gere curtidas e visualizações e coloque o produto do marketing em um lugar de destaque nas gôndolas da política palmense. É preciso ter imagem e mantê-la. (A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta. A famosa frase é atribuída ao imperador romano Júlio César).

Esmiuçando e resumindo este editorial de opinião e leitura política. O deputado, em outras palavras afirmou que, “O governador o liberou para votar de acordo com a sua consciência”. Essa afirmação coloca os seus outros 23 colegas de parlamento numa posição muito sensível. Será que só ele vota segundo à sua própria consciência?

Geo ainda crítica o governo (do qual é base). Deu a entender que o Palácio ouviu as classes, e fez apenas isso, não contemplou, indaga; “Com é que o governo ouve a classe, discute com a classe, antes de enviar o projeto à Aleto?”.

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Oxi, deputado, o nome disso é ou não, planejamento?

Como é que o governo enviaria um projeto deste porte, justamente sem ouvir as classes? Os deputados poderão rediscutir, colocar emendas, realizar audiência pública dentro do espaço do legislativo, como a que foi proposta pelo próprio Júnior Geo e acontecerá no próximo dia 11.

Geo também colocou na entrevista, uma enorme nuvem de fumaça na confiabilidade do governo sob os ombros de Wanderlei Barbosa: “Será que, o que está hoje na Assembleia é o mesmo que foi contemplado por parte das categorias?”

 

APÓS AMPLO DEBATE, GOVERNO DO TOCANTINS PROTOCOLOU PEC DA PREVIDÊNCIA NA ASSEMBLEIA NA QUINTA-FEIRA PASSADA, JÚNIOR GEO DISSE QUE NÃO SABIA

O deputado disse à jornalista Maju Cotrim que não sabia do protocolo do governo (quase seis dias depois)

“Os jovens de hoje querem alcançar uma forma de identidade alternativa. Antes, lutávamos contra uma realidade complexa, sonhando com utopias totalizantes. Era o “uno” contra o “múltiplo”. Hoje, é o contrário; a luta é para dissolver, não para unir; luta-se para defender o vazio, o ócio possível, luta-se para proteger o “inútil”, parece-me.

 

Farinha pouca, meu pirão primeiro. A velha história.

Sempre pergunto em que viola tocará fulano.

Neste momento tento entender em que viola está tocando Júnior Geo.

Ou estaria ele apenas tocando tambor para maluco dançar?

 

Haja o que houver,

Kim Nunes – editor chefe