Viver é a arte de morrer com estilo.
A cada dia, acredito, estamos nos despedindo. Isso não precisa ser triste, sabemos que tudo o que é humano é passageiro, mas refletimos pouco sobre nossa finitude natural.
Entre o primeiro e o último suspiro há uma grande e incrível oportunidade de viver.
Eu, desde menino ousava a utopia de mudar o mundo, fazer do intervalo do primeiro ao último suspiro algo transformador, produtivo, frutuoso.
Descobri que meu propósito na oportunidade da vida é transformar outras vidas e realidades contribuindo para que meus semelhantes também ousem e desfrutem das promessas do Pai, mergulhando em si, sendo o melhor que se pode ser.
Meu propósito é transformar vidas, a minha primeiro (aprendi recentemente), estou nesse processo, nesta faculdade da vida, almejo o diploma da maturidade para isso.
Sei que mudar o mundo, muito provavelmente, será só utopia.
Hoje, me contento se conseguir fazer algo produtivo só na minha rua. É igualmente difícil, mas, deliciosamente desafiador. Começo em casa.
Começo lavando a louça que sujo no almoço.
Penso que o mundo muda quando, dentro de casa cumprimos a tarefa primária de enxergar como nos amam aqueles que, no cotidiano costumamos esquecer.
Lavar o talher que se usa é uma forma de agradecer àqueles que, cozinhando escrevem no fogão, todos os dias uma declaração de amor, uma poesia que alimenta o corpo e alma.
Lavar o talher que se usa, é o primeiro passo para mudar o mundo.
Foi nesta disposição primária que descobri que quem é bom em desculpa não é bom em mais nada.
É dentro de casa que se muda o mundo!
Haja que houver,
Kim Nunes – Editor Chefe