Implacável: André Cavalari manda recado para o núcleo do “Golpe do Tapetão” em Dianópolis

Queridos leitores, fiquei instigado, após muito observar os bastidores da política em Dianópolis. Lugar onde, de fato, a “poliqueta” mandatária da granduria não é para amadores.

Há ali, em ebulição, algo que a política tocantinense não esquecerá.

Gozado é que, aqueles que faziam discurso inflamado sobre golpe, praticam algo reverso à ideia que defendiam, criaram pela primeira vez em um município do Tocantins o patrocínio institucional e velado de um “Golpe do Tapetão”. Em uma intrínseca articulação para obter poder que não se basta no Executivo. Em um vale tudo jurídico e muito bem colocado de baixo do tapete, fazem um esforço descomunal para colocar seus tentáculos no Legislativo. Ao longo de anos, Dianópolis assistiu que tem grupo político cujo símbolo é marcado por não saber perder.

Realmente, o poder cega. Quem não sabe perder e obtém poder, é extremamente nocivo para um povo.

Abro parêntese;

Sou apaixonado por tudo o que Shakespeare escreveu, há 12 anos tento decifrá-lo e não me canso, nesse imbróglio pelo poder em Dianópolis lembrei da frase em Hamlet: “Há algo de podre no reino da Dinamarca” a citação indica que não se trata somente de uma vingança, mas de algo ainda pior, algo que transgrede a natureza humana.

Fecho parêntese, tomando a liberdade de copiar a escrita da inspiradora colega Roberta Tum.

ESQUECERAM QUE DO OUTRO LADO HÁ UM POVO QUE PULSA DEMOCRACIA

É engraçado, para não dizer trágico. Localmente fazem justamente o contrário do que pregam nacionalmente. Tentam anular a escolha do povo na urna. É ou não é uma piada?

Em sessão nesta semana, o vereador André Cavalari, sempre polido como um lorde, não deixou barato e mandou um recado ao núcleo dianopolino do “golpe do tapetão”.

Em uma fala inédita e inovadora no combate aos golpistas da granduria que tentam implodir a democracia da capital do mundo, foi educadamente cirúrgico: “Esse diploma hoje está sendo mais cobiçado que a presidência dessa casa” ao comentar as tratativas de “forças ocultas” que tentam tirar o seu mandato e do vereador Gena Ferreira.

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E completou: “Eu quero mandar um recado a todos os perseguidores (…) vocês têm até sexta-feira para tirar (o meu) diploma, se não tirarem esse diploma até sexta-feira o vereador Manin vai ser reeleito”.

Assista aqui o pronunciamento do vereador André Cavalari:

 

 

Pois é Dianópolis, qualquer pessoa com ao menos dois neurônios, sabe exatamente o que está acontecendo.

Na obra O Príncipe de Maquiavel o resumo dessa pobre, vergonhosa e antiética ópera interiorana, que coloco em minhas próprias palavras e sem medo dessa gente:

“A essência da política, segundo Maquiavel, não é a busca da boa sociedade, a realização do bem-estar geral, nem é fundamentalmente um mecanismo para a maximização do bem-estar social ou da cooperação social. Algumas formas de organização política podem ser conducentes a esses fins, enquanto outras são completamente antitéticas para elas, mas o que define política em todas as eras e em todas as suas manifestações é que é o reino onde homens e mulheres competem em formas abertas e ocultas de poder e controle sobre os outros. O principal objetivo do político apaixonado pelo poder, ou de qualquer membro de uma elite dominante, é sempre o mesmo – consolidar, aumentar e aumentar seu poder.

 

Haja o que houver,

Kim Nunes – Editor Chefe