MDB contesta candidatura de Alckmin no TSE e tucano pode perder seu maior trunfo

O MDB, partido do presidente Michel Temer e que tem Henrique Meirelles como candidato à sucessão no Planalto, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar a impugnação da candidatura de Geraldo Alckmin , do PSDB.

A coligação de Meirelles, que tem, além do MDB, o apoio do PHS, argumenta junto à Justiça Eleitoral que a chapa de Geraldo Alckmin , apoiada por um total de nove partidos, foi formada de modo irregular.

Segundo a equipe jurídica responsável por formular o pedido de impugnação, algumas das legendas que apoiam a candidatura do PSDB não apresentaram à Justiça Eleitoral os documentos necessários para formalizar a aliança em apoio a Alckmin.

Os advogados afirmam que seis das nove legendas que compõem a coligação  Para Unir o Brasil, de Alckmin, entregaram atas nas quais constam apenas a aprovação da aliança com o PSDB, quando o correto seria o documento identificar a relação de todas as nove agremiações que compõem a coligação.

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O prazo para atualizar as atas que formalizam as alianças para as eleições 2018 foi encerrado no dia 5 deste mês, que foi a data-limite para os partidos realizarem suas convenções nacionais. Segundo a coligação de Meirelles , PTB, PP, PR, DEM, PRB e SD não obedeceram estritamente ao que determina a legislação eleitoral. Na chapa de Alckmin, apenas PSD e PPS teriam seguido o procedimento correto.

Geraldo Alckmin diz que ação é “absurda” 

Alckmin disse na manhã deste sábado (18), em evento realizado em São Paulo, que a ação contra sua candidatura é “absurda” e trata-se de um “tapetão puro”. “Não há nenhuma divergência na coligação. É tapetão puro. Estive em todas as convenções”, declarou o tucano, conforme reportado pelo jornal O Estado de S.Paulo .

Ter a maior aliança dentre todos os 13 presidenciáveis é fundamental para a campanha de Geraldo Alckmin , que conseguiu o maior tempo de exposição na televisão na  propaganda eleitoral obrigatória devido à representatividade que sua coligação tem no Congresso. Além de correr o risco de perder essa valiosa vantagem, o tucano pode ser obrigado a trocar sua vice, uma vez que a senadora Ana Amélia é filiada ao PP, um dos partidos que teriam cometido equívoco ao entregar a documentação ao TSE.