EDITORIAL: Na cozinha dos bastidores da política, 2024 está em preparo e bem perto do forno

Fala-se muito em esquerda e direita, mas nos esquecemos da ‘caretice’. Para além das posições políticas, se instala agora no Tocantins uma espécie de paralisia mental pós-eleição, um medo de debate de alto nível em meio a uma infinita tempestade de informações que a revolução digital despeja sobre nós. É 2024 já aquecendo o forno das candidaturas, principalmente na capital, Palmas, onde será preciso conceituar quem pode (e possuem condições) de fazer mais.

Acho muito intrigante pensar nas decepções recentes. Elas nos fazem avançar, mesmo de lado, como siris do mangue. Palmas evolui pelo que perde e não pelo que ganha. Sempre houve na capital uma desmontagem contínua de ilusões históricas. Esse é nosso torto processo: com as ilusões perdidas, com a história em marcha à ré, estranhamente, andamos para a frente, mais pelo nosso povo que pelos seus governantes. Palmas se descobre por subtração, não por soma. Assim as ilusões vão caindo, como caíram com Nilmar Ruiz, Raul Filho, Amastha e mais do que nunca, com Cínthia Ribeiro.

Pessoalmente nada contra aos citados e últimos governantes de Palmas, mas como cidadão que é parte de um povo, nenhuma ilusão com eles, nenhuma fé. Tudo igual com discurso diferente.

Nos bastidores, não é estranho que esses nomes sejam lembrados para a disputa de 2024, por serem “Ex”, são citados pela porcentagem de seus cacifes que ainda podem ter. Contudo há os que querem “fazer” os seus candidatos, é o que acontece (nos bastidores é nítido) com o atual vereador e presidente da Câmara de Palmas José do Lago Folha Filho, que diz ser o candidato da prefeita Cínthia Ribeiro, mas no atual imaginário de 2024 também há fontes do Palácio Araguaia que confirmam que o governador já teria ordenado a transferência do título de eleitor de Jairo Mariano para Palmas onde concorreria protegido pelas asas do governo estadual.

Não se pode esquecer ainda de Luana Ribeiro que já disputou a prefeitura e amargou um resultado que nem ela esperava, hoje com novas condições de terreno e experiência, seu nome merece ser lembrado.

O deputado Júnior Geo, a deputada Janad Valcari (que não completou mandato de vereadora) a deputada Vanda Monteiro, Cláudia e Marcelo Lelis (mais uma vez) não podem ser descartados por enquanto.

Entre candidaturas é também necessário citar os produtos do meio de toda eleição, para 2024 vou chamar de: “O militante imaginário”. O “militante imaginário” é o sujeito que se acha revolucionário, mas nunca fez nada pelo povo.

É-se militante imaginário como se é Flamengo ou Corinthians. Agora, nessa grande crise de mutação ideológica que vivemos, pululam militantes imaginários. O militante imaginário se julga em ação, só que não se mexe. Ele é a favor de um Bem que não conhece bem. O que é o “Bem” para ele, o nosso militante imaginário? Para o militante imaginário de hoje o “Bem” é falar do transporte público de Palmas sem ser usuário, é uma mistura de crenças ideológicas que nos levariam a um futuro de felicidade. A mente de um militante imaginário é um sarapatel de leninismo vulgar, socialismo populista, subperonismo, vagos ecos getulistas e um desenvolvimentismo tosco. É um iludido que fica rouco nos comícios e reuniões, um apaixonado comprador de brigas em grupos de WhatsApp.

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Quais os nomes mais conceituados pelo povo hoje poderiam disputar a prefeitura de Palmas?

Quais os nomes que não foram criados em gabinetes fechados no conforto do ar-condicionado? Quais os nomes não começaram o caminho pelo fim e tem mais característica com o pulsar das ruas?

Quais outros nomes, você leitor acha importante ser lembrado?

“A realidade não tem sentido, mas ainda é o único lugar onde ainda se pode comer um bom bife”.

PS: O militante imaginário não quer bife.

 

Haja o que houver,

Kim Nunes – Editor Chefe