“Estado marginaliza quem produz porque quer o povo refém de contratinhos” diz Amastha

Acompanhado da esposa, Glô Amastha, o candidato a governador pelo PSB, Carlos Amastha, lamentou, durante comício para centenas de pessoas na noite desta segunda-feira, 1º, no Jardim Aureny I, que o atual governador do Estado, assim como os outros que o antecederam, não tenha nenhuma ação para incentivar o espírito empreendedor dos tocantinenses mesmo o Estado apresentando grande potencial de desenvolvimento econômico.

“O governo do Estado não faz isso porque quer que as pessoas continuem dependendo de um contratinho. Eles não querem que o cidadão seja livre”, afirmou Amastha, ao lado dos deputados estaduais e candidatos à reeleição Ricardo Ayres e Valdemar Junior, e dos candidatos a deputado federal e estadual Tiago Andrino e Cristiano Rodrigues, respectivamente.

Amastha criticou a falta de incentivo ao setor produtivo, usando como exemplo a produção e abacaxi em Miranorte. Lá tem aqueles pontos de venda de abacaxi. Não consigo parar lá e não comer um abacaxi porque o abacaxi do Tocantins é o melhor. O vendedor pega o abacaxi, corta e serve pra nós por R$ 3,00. Isso é muito ruim porque não dá lucro para o produtor. Não tem valor agregado.”

Amastha citou também a cadeia do mel em Barrolândia que, segundo ele, é muito pouco explorada. “Você chega em Barrolândia tá lá, ‘Capital do Mel’, mas parece que as abelhas foram embora. Cadê o mel? Falta incentivo que desenvolva a produção e gere renda para população. Nunca tivemos um governador que tivesse visão para fortalecer a cadeia produtiva das potencialidades do Tocantins.”

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Festival formou empreendedores

Amastha lembrou a grande transformação feita por sua gestão no Festival Gastronômico de Taquaruçu (FGT). “Era muito fraco. Chegava 22 horas e não tinha mais comida. Mudamos isso. Investimos muito, tanto em estrutura quanto em qualificação e capacitação dos participantes. Hoje o FGT é o maior festival gastronômico do Brasil.”
O ex-prefeito de Palmas ressaltou ainda que o festival se tornou um grande indutor do empreendedorismo, com muitos participantes abrindo o primeiro negócio depois de participarem do evento.

Amastha também voltou a comentar o escândalo da mala com R$ 500 mil em espécie apreendida quando estava nas mãos de Luís Olinto, do irmão do deputado estadual Olyntho Neto, braço direito da campanha do governador-candidato Carlesse.

“Olha o que está acontecendo de novo no Tocantins. A PF prendeu um carro da Assembleia Legislativa do Tocantins que carregava R$ 500 mil dentro. Em 2007 fechamos os olhos, elegemos o Marcelo Miranda, e olha o que aconteceu. Toda eleição é uma mala do quinhentão. De onde vocês acham que é esse dinheiro?”, questionou Amastha, que já havia pedido apuração rigorosa para saber a origem e quem estaria por trás do esquema.
Ele também lamentou mais uma vez o cenário de caos na saúde estadual, especialmente nos hospitais regionais. “Jamais admitiria uma barbaridade dessas. O subsecretário de saúde nos envergonhou muito quando disse que era normal ter ratos no hospital de Araguaína. Minha gente, não é normal. A gente reclamava no Siqueira, continuamos reclamando do Marcelo Miranda e agora vem o Carlesse. Me ajudem a fazer a transformação que o Tocantins precisa”, encerrou Amastha.